A História Mais Bonita
Um dia de Anne Frank - 15/01/1944
Pouquíssimas "dores" são comparáveis às do cativeiro. Existe de tudo ali: medo, pressão, amor pela vida, pelos seus, fortalecimento de fé, e mais alguns sentimentos possivelmente desconhecidos por nós, tudo no extremo do suportável, tudo o que Anne Frank viveu enquanto se escondia com a sua e mais outra família. O objetivo deles era exatamente o mesmo: salvarem suas vidas e as de seus amores, mas tudo fica ainda mais desconfortável quando se há a obrigatoriedade de passar, inevitavelmente, pelos dissabores da convivência... ainda mais a desse tipo, cheia de restrições, cuidados e extremos.
A leitura do dia 15 de janeiro de 1944 remete um pouco, em escala absurdamente menor, ao que vivemos hoje em sociedade, infelizmente ainda cativos, lidando com uma liberdade ilusória, brigando para sobreviver, seja contra um vírus, ou contra um sistema injusto, cruel e falho, ou com os dois... lidando com o egoísmo, falta de noção e de senso, competitividade, desrespeito, incoerência e a consequente tristeza que vem disso tudo, lutando para não secarmos, quando na verdade só deveríamos ser irmãos, vivendo em paz, numa terra sem fronteiras.