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O beijo mais bonito
Voluntários mais bonitos
Contação de histórias da Capitã Lela
Voluntários do Projeto Tamo Junto
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Nossa História

Nosso trabalho surgiu a partir de uma visita feita a uma criança conhecida da Fundadora e Capitã, Lela Albuquerque, em 05 de março de 2016.

 

A Capitã teve essa iniciativa pois, dias antes, sua filha Clara teve que internar, por apenas uma noite, por uma desidratação. Nada grave, mas Clara ficou muito assustada pela fragilidade de sua saúde e por estar num ambiente de internação hospitalar e essa experiência fez com que Capitã tivesse vontade de auxiliar outras mães e crianças que, ao contrário delas, lidavam com longo período de internação e com diagnósticos graves.

A criança escolhida foi Samuel, que tinha, à época, sete anos de idade, e já estava internado havia dois ou três meses. Capitã o escolheu por seguí-lo nas redes sociais e, portanto, acompanhava a sua luta pelos dias. Capitã pediu autorização para a mãe na própria madrugada em que estava acompanhando a sua filha, a mãezinha disse que não adiantava pois Samuel estava muito deprimido e não interagia e nem conversava com ninguém. Capitã insistiu um pouco dizendo que a intenção não era que ele interagisse, só queria mesmo distraí-lo, fazendo com que seu dia passasse mais rápido e, após a mãe topar, no dia combinado, ela estava lá. 

Com o intuito de entretê-lo, a Capitã levou um livro para que pudesse realizar alguma atividade de leitura e entretenimento com a criança.

Chegando ao hospital, foi alertada de que Samuel estava em sua sessão de hemodiálise, mas, ainda assim, por tratar de um caso grave, foi autorizada a entrar. Se dirigiu a Samuel, que era mais fechado e mais sério que as outras crianças, e sem esperar grandes manifestações de simpatia, começou a leitura do livro, e, a partir daí, tudo foi uma grande surpresa.

Samuel se mostrou muito interessado no livro, tanto nas ilustrações como na história,  comentava suas impressões, interagia com a Capitã tentando adivinhar o que. aconteceria a seguir, até ria, e, aos poucos, outras crianças que chegavam e saíam de seu tratamento, também foram se aproximando e o grupo ficava cada vez mais divertido e o clima cada vez mais leve.

Ao final do conto, todos os adultos estavam muito emocionados, pois Samuel tinha falado! Havia tempos que isso não acontecia. E estava até rindo, quem diria!! E as crianças tinham se divertido de verdade mesmo naquele ambiente de hemodiálise. A Mãezinha agradeceu demais, e enquanto se dirigia ao elevador, Capitã foi abordada por um dos enfermeiros que a agradeceu e parabenizou pela atividade realizada; disse que, geralmente, as crianças ficam chorosas e agitadas, o que dificulta o trabalho e que, naquele período que a história estava sendo contada, ele conseguiu atender as crianças com maior agilidade e tranquilidade pois não houve nenhuma intercorrência.

Por não esperar tal retorno, nem do comportamento da criança, muito menos da mãe e dos profissionais da saúde, e também por adorar livros e histórias, a Capitã se encantou com toda a felicidade que aquele dia lhe proporcionou e, por gostar de escrever, ao chegar em casa, elaborou um pequeno texto onde relatava as experiências vividas.

Alguns dias depois, Capitã fez sua segunda visita a Samuel que, desta vez, estava no quarto, e notou que ele amava historinhas. Leu várias para ele e lembrou daquela historinha especial que ela havia escrito sobre o dia em que leram e riram juntos pela primeira vez. A reação de Samuel foi tão surpreendente quanto bonita. Tanto a mãe quanto ele, que era dono de uma natureza introspectiva, se emocionaram de maneira visível, talvez por reconhecerem, ali, fatos por eles vividos, e talvez por terem descoberto que, apesar de toda dor e insegurança que estavam vivendo, eles puderam escrever uma história bonita, cheia de surpresas e beleza. Não havia dúvidas, naquela história, os protagonistas eram, inegavelmente, eles mesmos.

Capitã entendeu que Samuel se emocionou daquela forma porque ouviu A História Mais Bonita que ele já ouvira até então: aquela que era dele, feita para ele, escrita por ele, onde ele era o príncipe de todas cenas.

Veio da mãe a pergunta se haveria um segundo capítulo e, ao ser questionada pela Capitã se essa era a vontade deles, mãe e filho responderam que sim e, a partir daí, para cada visita feita era escrito um capítulo da história da criança atendida.

Em sua última visita a Samuel, no dia de sua alta, sua mãezinha questionou Capitã sobre a sua disponibilidade em continuar suas atividades com outra criança, cuja mãe se mostrou interessada nas visitas e posteriores publicações de texto.

E foi assim que o trabalho foi crescendo. Vieram mais mãezinhas, mais crianças, amigos e desconhecidos querendo participar também, todos com a intenção de fazer #AHistóriaMaisBonita.

Samuel "foi chamado pelo Senhor Almirante" (como a Capitã chama Deus), apenas alguns dias depois de sua alta, Capitã continuou tudo informalmente até o chamado de seu segundo Marujo, o Manu, que a chamou antes de "partir para sua próxima missão, também chamdo pelo Senhor Almirante" para que as historinhas dela o acalmasse e viesse a coragem e a tranquilidade que ele precisava para "dormir" em paz.

Apesar da dor, nunca houve a possibilidade de desistir, foi isso que eles haviam ensinado a ela e foi exatamente por isso que Samuel brilhou ao ouvir a sua própria história e era esse o nome que a organização teria: a partir de 2018, nós seríamos voluntários da "A História Mais Bonita" e nossa missão seria construir boas e belas lembranças a quaisquer corações que pudéssemos alcançar e escrever os capítulos mais bonitos para entregar ao mundo e aos sete mares um legado de esperança, amizade e beleza.

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